Pollyanna by Porter Eleanor H

Pollyanna by Porter Eleanor H

Author:Porter, Eleanor H.
Format: epub
ISBN: 9788520928edl11122013
Published: 2013-12-11T05:00:00+00:00


Capítulo 16

Rosa vermelha e xale de renda

Uma semana depois que Poliana tinha visitado o senhor Pendleton, Timóteo levou a senhora Harrington a uma reunião da Auxiliadora. Paulina trazia o cabelo revolto, por volta das três horas, quando voltou. Poliana ficou surpreendida ao vê-la.

— Oh! Tia Paulina! — exclamou, dançando em volta da tia. — A senhora também tem!

— Tenho o quê? Posso saber, menina impossível?

Poliana continuava a dançar em volta da tia:

— E eu que não sabia! Como é que uma pessoa pode esconder as coisas tão bem, sem que ninguém perceba? Eu não poderia — continuou a menina, puxando os cabelos da tia por trás da orelha, para alisá-los.

— Que significa isso, Poliana? — indagou Paulina, tirando o chapéu e alisando o cabelo para jogá-lo para trás.

— Não faça isso, titia! Por favor! — suplicou a menina. — Deixe os cabelos assim, com esses lindos cachinhos negros. É deles que estou falando.

— Bobagem. Mas... que ideia foi aquela de aparecer na reunião da Auxiliadora e pedir em favor do menino mendigo?

— Bobagem nada! — exclamou Poliana, respondendo apenas à primeira parte da pergunta. — A senhora fica muito bem com o cabelo solto. Deixe-me penteá-lo, por favor... A senhora Snow apreciou muito a minha habilidade. Posso colocar um cravo no seu cabelo, se a senhora quiser... E ia ficar bem mais bonita do que a senhora Snow!

— Poliana! — A tia procurou falar duro para esconder a alegria que sentia; nunca lhe haviam dito tal coisa em relação ao seu cabelo. — Você não respondeu à minha pergunta. Que absurdo foi aquele na Auxiliadora?

— Bem, eu não sabia que era um absurdo, até que o caso do relatório me abriu os olhos... Vi logo que ele era mais importante para aquela gente do que o menino Jimmy. Então escrevi para as “minhas” Auxiliadoras e falei dele. O garoto está tão distante delas como quando me tornei a sua menininha da Índia, não foi, titia? Agora, deixe-me pentear o seu lindo cabelo.

Paulina levou a mão à garganta, sinal de que começava a fraquejar:

— Quando elas me contaram o que aconteceu, fiquei muito envergonhada, Poliana...

A conversa estava interessante: quanto mais Paulina falava das senhoras, mais a menina insistia no penteado:

— A senhora não disse que não, não disse que não! E quando não diz não já sei que é sim. Foi a mesma coisa com a geleia do senhor Pendleton... a senhora não mandou e não queria que eu dissesse que não mandou. Agora é tarde. Espere um pouco: vou apanhar o pente.

— Poliana, Poliana! — chamou Paulina, mas seguiu a menina em direção ao quarto.

— Ainda bem que a senhora veio — disse a menina. — Aqui está o pente. Sente-se, por favor. Que bom! Vai deixar que eu a penteie!

— Mas, Poliana, eu não...

Não terminou a frase. Viu-se sentada no banquinho da penteadeira e com os cabelos revoltos envolvidos pelos dez dedinhos ágeis.

— Seus cabelos são lindos! É natural que tenha mais cabelos que a senhora Snow. A senhora precisa ir a festas e fazer visitas e muita gente pode vê-la.



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