Assassin's Creed 07 - Unity by Oliver Bowden

Assassin's Creed 07 - Unity by Oliver Bowden

Author:Oliver Bowden [Bowden, Oliver]
Language: por
Format: epub
Publisher: Galera
Published: 2013-12-31T16:00:00+00:00


14 de janeiro de 1789

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Em uma encosta de morro que dava para uma aldeia mínima nos arredores de Rouen, três lavradores com gibão de couro riam e brincavam; e então, depois de contar até três, ergueram uma forca em uma plataforma baixa de madeira.

Um dos homens colocou um banco de três pernas abaixo da forca, depois se abaixou para ajudar os dois companheiros que martelavam as estacas que manteriam o cadafalso no lugar, a batida ritmada transportada pelo vento até onde eu estava, sentada em meu cavalo, um capão belo e calmo que eu chamava de Scratch, em homenagem a nosso amado e há muito falecido lébrel.

Ao pé da colina, havia uma aldeia. Era muito pequena, mais parecia um aglomerado de choças desconsoladas e uma taberna, espalhadas pelo perímetro de uma praça marrom e lamacenta, mas ainda assim era uma aldeia.

Uma chuvinha gelada havia se reduzido a um chuvisco constante e igualmente gelado, e um vento feroz soprava, digno de arrepiar os ossos. Os aldeões esperavam na praça, embrulhados em xales bem apertados, segurando as camisas no pescoço e aguardando o entretenimento do dia — um enforcamento. O que poderia ser melhor? Nada como um bom enforcamento para elevar os ânimos enquanto a geada destruía as safras, o senhor de terras local aumentava o valor do arrendamento e o rei em Versalhes tinha novos impostos que esperava impor.

De uma construção, que imaginei ser a prisão, saiu um barulho, e os espectadores petrificados viraram-se para ver sair um padre de chapéu e batina pretos, sua voz muito solene ao ler a bíblia. Atrás dele vinha um carcereiro, que segurava uma corda, em cuja ponta estavam amarradas as mãos de um homem com a cabeça coberta por um capuz, cambaleando e escorregando na lama da praça, gritando protestos às cegas para ninguém em particular.

— Creio que houve um erro — gritava ele, mas em inglês, antes de se lembrar de fazê-lo em francês. Os aldeões o observaram ser levado para o morro, alguns se persignando, outros escarnecendo. Não havia um só gendarme à vista. Nenhum juiz ou oficial da lei. Aparentemente, aquele era o conceito de justiça da área rural. E ainda diziam que Paris não era civilizada.

O homem, naturalmente, era Ruddock, e ao vê-lo ali em cima do morro, ao vê-lo ser içado por uma corda para depois ficar dependurado, era difícil acreditar que um dia fora um Assassino. Não me admirava que o Credo tivesse lavado as mãos em relação a ele.

Puxei o capuz de minha capa e sacudi o cabelo, olhando para Bernard, que me fitava de baixo com olhos arregalados e adoradores.

— Lá vão eles, mademoiselle — disse ele —, justamente como prometi que fariam.

Balancei uma bolsa na palma de sua mão e a recolhi quando ele fez menção de pegá-la.

— E sem dúvida nenhuma é ele, não? — perguntei.

— É ele, sim, mademoiselle. O homem que atende pelo nome de Monsieur Gerald Mowles. Dizem que tentou afanar o dinheiro de uma idosa, mas foi apanhado antes de conseguir partir.



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